terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

It's Love

They say I'm crazy the way you got me open,
They say I'm buggin' the way I'm top sweatin' your lovin',
They all sit and wonder why this feelin' I can not hide
It ain't a question of pride,
It's love, it's love

They say I'm slippin' the way you got my whole life flippin',
They say I'm losin' it cause I can't seem to keep my grip,
We all cry when we feel pain, when love is gone we're not the same
It ain't a question of brains
it's love, it's love
it's love, it's love

Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love

They all sit and wonder why this feelin' I can not hide
It ain't a question of pride
it's love, it's love

Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love

Do you want it on your collard greens?
Do you want it in your candy sweets?
Do you want it on your pickled beets?
Give it to me, give it to me, give it
Do you want it on your rice and gravy?
Do you want it on your biscuits baby?
Do you want it on your black-eyed peas?
Feed it to me, feed it to me, feed it

Ooh it's love, ooh it's love

Do you want it on your collard greens?
Do you want it in your candy sweets?
Do you want it, do you want it
Gimme it, gimme it
Do you want it on your rice and gravy?
Do you want it on your biscuits baby?
Do you want it on your black-eyed peas?
Come on gimme, gimme, gimme, gimme it

Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love
Love, love, love, love, love, love

Give it, give it, give it, give it

Do you want it on your collard greens, uh?
Do you want it in your candy sweets, uh?
Do you want it, do you do you want it?
Give it, give it, give it, give it
Do you want it on your rice and gravy?
Do you want it on your black-eyed peas?
Do you want it on your sweets baby?
Give it up, give it up, give it up, give it to me
Gimme that love, gimme that love, gimme
Give it to me, give it to me, give it
Give it to me, give it to me, give it
Give it to me, give it to me, give it...


Jill Scott
Who is Jill Scott? Words and Sounds Vol. 1

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

Gosto!

Gosto de Ti

Gosto de Ti porque me fazes rir
Gosto de Ti porque me fazes chorar
Gosto de Ti porque me fazes sair
Gosto de Ti porque me fazes pensar
Gosto de Ti porque me fazes escrever

Gosto de Ti e não Te quero perder
Gosto de Ti e não é só por gostar
Gosto de Ti e gosto de Te amar

Gosto de Ti quando não fazemos nada
Gosto de Ti quando nada fazemos
Gosto de Ti quando tentamos fazer
Gosto de Ti quando nos perdemos

Gosto de Ti e de to poder dizer
Gosto de Ti e do que vivemos
Gosto de Ti e do que me fazes sonhar
Gosto de Ti, não me faças acordar...

Gosto de Ti quando dizes que sou o teu poeta
Gosto de Ti até quando me chamas pateta
Gosto de Ti e sempre irei gostar
Gosto de Ti e espero que também gostes de me amar


JoãOliveira
12.Dez.2005

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Para a Nóia

Outra vez a paranóia, não consigo afastar o stress,
Sempre a pensar que o mal não adormece.
"Tenta manter a calma, não te deixes vencer
Não permitas que a raiva se apodere do teu ser."
Mas eu não consigo evitar em pensar nisto todo o dia,
Toda a noite me atrofia, a cabeça não está fria.
De tanto matutar dói como se fosse estalar,
Só quero um pouco de paz para poder recuperar.
As ideias continuam a desfilar à minha frente,
Sequências saídas de uma mente doente,
Parece que está tudo a andar à volta
Na volta, daqui a bocado vou arranjar uma escolta
Para me acompanhar numa viagem ao outro lado.
A pouco e pouco a nóia deixa-me aprisionado,
Não tenho hipótese alguma de sucesso, estou possesso,
E daqui para a frente já não há regresso…

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Suores frios passeiam – corpo abaixo, corpo acima.
Ferida aberta em carne viva que o álcool reanima,
Permanentemente a queimar não deixa de me lembrar
Que esta dor está aqui e veio para ficar.
Tento a todo o custo manter a sensatez,
Digo a mim mesmo para não perder a lucidez
Mas da luz ao fim do túnel já nada resta
E como nos filmes de sexta-feira à noite no canal Fiesta
Sinto que já não sobra nenhum buraco aberto
Onde eu me possa enfiar perto do deserto.
Posso fugir mas não me posso esconder,
Posso até rezar mas não há nada a fazer,
Mais cedo ou mais tarde ela apanha o passo,
Quase que já posso sentir a cabra apertar o laço

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

O que era o produto de uma mente destorcida
Passou para outro nível logo de seguida:
A alucinação deu lugar a uma constante realidade
Com requintes dignos de um livro do Marquês de Sade.
Experiêncio uma metamorfose no corpo inteiro,
Começa pela pele que lavo no chuveiro
Mas isto vai avançando para um estado cada vez mais precário,
O meu corpo já se tornou numa espécie de monstruário
…escoriação, hematoma ou apenas mais uma chaga,
Sucedem-se rapidamente como rimas do Vírgul a dar no ragga.
Olho-me ao espelho e já nada consigo distinguir,
Parece que fui atropelado por um TIR!
Não aceito mais ácidos marados do Quaresma,
A minha vida nunca mais voltará a ser a mesma…


Carlos Nobre
3º Capítulo

terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Quieres Diñero

Sem kumbu "no passa nada":

Não há comida na mesa,
Não há renda...logo não há casa.
Não há sapatos para os miúdos,
Não há bebidas para os graúdos,
Não há livros, não há estudos!
Sem kumbu não há financiamentos da CE
E o people da agricultura como é que é?
Não há roupa de marca,
Não há champanhe,
Não há costoleta, sem kumbu não há bife de vaca.
Não há computador...logo não há internet,
Não há cd porque em casa só há leitor de cassete,
Não há griff e a atitude é só fachada
E o telemóvel só serve para receber chamadas.

Diz-me o que queres. Diñero!
Tu necessitas diñero!
...e desesperas. Diñero!
Que é que procuras? Diñero!
Diz-me o que queres. Diñero!
Tu necessitas diñero!
Que é que te stressa? Diñero!
Que é que procuras? Dinñero!

Sem kumbu não há carro,
Não há dinheiro para o cigarro...logo não há catarro.
Não há vinho,
Não há tremoços,
Não há cerveja geladinha.
Comes pão com manteiga mas sabe-te a galinha.
Não há lareira,
Não há forno,
Não há aquecedor,
Adormeces congelado a sonhar com o calor.
Não há emprego,
Não há subsídios nem décimos terceiros,
Não há heranças mas também não há interesseiros,
Não há jet set,
Não há mercedes e não há vips,
Não há limousines nem reservas nas suites.
Não vais à bola ao domingo e não há telenovela,
Não vês televisão porque não funciona á luz de vela
Não há bancos e se não há contas,
Não pode haver poupanças.
Não dás prendas à mulher nem mesadas às crianças,
Não há dentista nem ninguém que te acuda...
Kumbu não compra felicidade...mas ajuda.

Diz-me o que queres. Diñero!
Tu necessitas diñero!
...e desesperas. Diñero!
Que é que procuras? Diñero!
Diz-me o que queres. Diñero!
Tu necessitas diñero!
Que é que te stressa? Diñero!
Que é que procuras? Dinñero!

Não há saldos nem promoções,
Não há prestações.
Não és empregado porque também não há patrões.
Queres tomar a bica mas o bolso está roto.
Não há taludas nem há dinheiro para jogar no totoloto.
Não há gás e os banhos são de água fria,
Não estás cheio por isso arrotas de barriga vazia
Mas não és o único nessa situação,
Até o cão quer dinheiro porque se for rico é Sr. Cão

Money, money!!! Money, money!!!
Tu queres! Só queres! Tu queres é...
Money, money!!! Money, money!!!
Tu queres! Só queres! Tu queres é money!!!


Boss AC
Rimar Contra a Maré

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2006

Decisões

Sinto um peso nas costas
Mas não consigo tirá-lo,
Estado da situação
Que nunca dá para alterá-lo.
Inalo o cheiro da vida,
Vivida num só lugar,
Na esperança
Que um dia tudo pudesse mudar.
Quem analisa nao critica
A primeira pessoa
Porque a experiencia
Tem uma consciência
Que não perdoa.
Nunca esteve vazio
Mas já senti menos o peso,
Se nao lutas pelo que queres
Tu cais no desprezo
E nao sais ileso,
Sais confuso, inconsciente,
Ou ainda duvidas
Que o futuro depende do presente!
Perguntas à verdade
Mas nao queres que ela responda,
Achas que é cedo demais
Para fazer a ronda
E abater o culpado
Que nao se assume,
Na lei do meu mundo
Sou o suspeito do custume - faz um zoom!
Porque não estás a ver bem,
Não vivas na noite
Senão o dia nao vem!!!

Tu abre os olhos puto,
Enquanto vives, escuto.
É dificil viver este cenário bruto.
Decisões sao feitas num minuto.
Mantenho a minha força nesta vida que eu luto.

Quero viver sem negatividade,
Falta-me o poder
E a força de vontade.
Porque é que a solidão
Me faz ficar pensativo?
Porque é que a solução
É tentar ficar vivo?
A ambição é jovem,
O que é que o velho pensa?
Reformado na vida
À espera que a morte o vença.
É fodido, percurso foi interrompido,
Se duvidas o vocabulário é sentido.
O próximo vai
E nunca mais volta,
sentimento é só um:
O da revolta!
Dá-me a vida de puto
Sem preocupações,
Quero o meu canto,
Não o dos campeões.
Porque a vitória traz sempre novas ambições,
Mete-te tonto na roda dos milhões.
A escolha que é feita
Não vem em forma de botões,
Nesta vida vais ter de tomar decisões!


Samuel Mira
Sobre(tudo)


sexta-feira, 17 de fevereiro de 2006

A Viagem [parte II]

Estou de férias,
As insónias voluntárias voltaram a reinar
E há que estudar outras matérias,
Não há tempo para parar,
Consumo-me até as forças me abandonarem
E hoje decidi testá-las...
Cambaleando pelas ruas à procura da tal miragem
Está sol mas tenho frio,
Sinto-me mal porque alguém me viu...
Depois de breve espera sigo viagem
Sentado à minha frente está um estranho ser
E os, teóricamente, normais avaliam-me pela imagem
O ser ímpar tem uma voz altamente irritante
Motivo pelo qual só a ele me apetece bater
Para esmorecer a minha dor...
...dor física...dor psicológica...
Dor conjunta que me provoca um tremor
Para o qual procuro uma solução lógica.
Ligo o som, 25 é o volume,
Lembro-me do Rei, do emprego e desligo-me.
A voz que outrora me irritava
Agora mete-me pena
E assim encontrava a compaixão que me faltava.
A voz desaparece, e com ela todos os, teóricamente, normais
Sinto-me vazio e cheio de espaço
Enquanto caminho por esta vi(d)a sinuosa
Em que não me decido entre a vida social e a vida amorosa.
Passo a escola, sinónimo de problemas
Aceito toda e qualquer esmola e finjo guiar-me por nobres lemas.
A porta abre-se - bonita imagem
Sinto-me de novo vivo
Quero permanecer assim: activo!
Encontrei a minha miragem
E assim termina mais uma viagem...


JoãOliveira
14.Fev.2006


terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

Sangue

Entra na porta e sente o obscuro anonimato,
compreende o presente e actua no momento exacto.
Não ambiciono o trono, não quero nem tenho dono,
Sei que estou a dormir mas não consigo sair do sono:
Identidade oculta, mentalidade adulta,
não quero a consulta, comigo não resulta.
Tens um segredo importante? Então diz-mo,
quero a solução para não cair no abismo.
O mundo está a ver, tudo fica de olho atento,
o fundamento é falado num argumento,
o que é que é especial? O que é que é normal?
Falam demais e a expectativa já nao equivale.
Maturidade gradual desde o início,
fixa-te no real manda fora o artifício.
O ódio é a praga humana, o amor está extinto
e eu estou perdido neste labirinto...é o k eu sinto!...

Tenho muitas cartas mas não tenho nenhum trunfo,
existem muitos contras para ter o tal triunfo.
Vejo o tempo a passar e uma pessoa a sujeitar-se,
tens de ser tu próprio, nunca vivas num disfarce.
E o regresso é feito num discurso visionário:
Todo o sucesso é temporário,
toda a gente tem talento. Qual é a arte que tu dominas?
Inova e constrói, nunca a metas em ruinas.
Frontalidade é importante, caga na ameaça,
mas conta com aquilo que te ultrapassa.
Palavra passa, às vezes toca, às vezes não fala,
quando ela é de graça é que é tipo uma bala
que atravessa a mente como se fosse uma seta,
palavra infecta, quando alcança a sua meta.
Não brinques com isto, porque isto é coisa séria,
antes de falares primeiro estuda a matéria.

Julgamentos improvisados sem sequer ter veredictos,
socos e gritos, ninguém vai parar os conflitos,
é tipo um desfile, quem é que é imbecil?
Quem é que representa a delinquência juvenil?
O sangue que se derrama...já galaste o panorama?!!
Uns fazem pelo respeito outros pela fama...
Tu queres um drama? Então aluga um movie
e sabes que esta merda nunca foi nem é novi...dade,
e tu fica á vontade.
Não queiras ver a vida atrás de uma grade,
toda a tribo tem um chibo e tens de contar com isso.
Porque é que o juiz é metediço?
Pensa no que vem, na sensação futura,
foca-te no tempo e cria uma estrutura:
sentimentos entregues nunca são avulso,
e por favor respeita o sangue que tu tens no pulso.


"Ouve lá ó Samuel!! Tu metes-me em cada alhada...
vamos lá a ver como é que eu consigo fugir desta enrascada.
Eu já tive a tua idade...e tu para aqui virás,
na altura não havia tanta vaidade. Porta-te bem meu rapaz!

Não gostas de me ouvir?
Não fiques com essa cara bonita
porque para mim seria mais esquisita
se estivesses a sorrir.
Tudo isto é uma brincadeira,
vamos lá ver para onde vai, seja!
De qualquer maneira
sou teu avô não sou teu pai.
Adeus, até à próxima!"



Samuel Mira

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2006

Sonho

Seja calão, tuga ou chinês
o importante é estar lá
a mensagem que tu não vês,
ou que não queres ver
pois tens noção que te vai doer,
que depois de encontrada e decifrada
estás na viagem, não há paragem
e na chegada já pensas no regresso
mas não tens ingresso, não tens nada!
Tanta luta para aqui chegar
e nova luta terás de travar
para de volta poderes estar.
Falta-te o ar e desmaias...
sono profundo, imaginário mundo
de realidades feito
e pensas no verdadeiro mundo
por mentiras desfeito.
Ilusões e falsidade
construídas sobre o pretexto
de encontrar a felicidade
tão procurada, tão aclamada, tão proclamada
por outros que como tu não têm nada
mas fingem ter, pois é mais fácil assim ser - viver enganado
e ser invejado do que ser realista e ignorado,
considerado negativista, pessimista - um derrotado!

O despertador toca e estás de volta
regressado, meio atarantado, atormentado
sem saber muito bem
o que queres ver e
o que queres recordar,
optas por fingir que um dia
hás-de lá chegar...


JoãOliveira
30.Nov.2005

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

Dias Assim

O despertador a tocar,
Mais um dia de trabalho,
São horas de levantar.
Olho para as horas,
Afinal estou adiantado,
Ainda bem,
Assim fico mais um pouco deitado.
Acordo, a princesa ao meu lado,
Penso em pecado,
Debaixo dos lençois começo o dia cansado!...
Um Banho quente a seguir,
Deram chuva para hoje
Mas vejo o sol a sorrir,
Não apanho trânsito, o carro rola na boa
Nem parece que estou a conduzir
Em plena Lisboa.
Oiço um som dos que eu gosto a passar numa FM,
Ponho o rádio mais alto
E o bote quase que treme.
Quando chego ao job para arrumar
É uma grande canseira
Mas hoje, não sei como,
Estacionei á primeira.
Vou ao café para comer uma bola de berlim
Ainda bem que há dias assim...

Apesar de ser apenas mais um dia normal,
E não ter acontecido nada de especial,
Hoje sinto a boa vaga e nada me corre mal!
Ainda bem que há dias assim...

Sinto-me inspirado,
Hoje é um daqueles dias,
Vou pôr em prática
Todas a minhas teorias.
A letra que fiz ontem
Hoje parece que soa melhor,
Ouvi-a tantas vezes
Quase que já a sei de cor.
Estou no job a "jobbar"
Nem sinto o tempo a passar
Até o Gutto dizer
Que ja são horas d'almoçar:

- Frango no churrasco, está pronto a sair.
- Sim mande vir, traga pão e manteiga para abrir.

Sinto a cola a deslizar,
Bem fresquinha,
Dê os meus parabéns
A quem estiver na cozinha
Para fechar mousse de chocolate
É a sobremesa.
De repente na porta
Vejo entrar uma beleza,
Senta-se á minha frente
E começa a rir á toa
Enquanto o AC pensa:
"Esta dama é muita boa!".
Levanto-me e ela sempre a sorrir para mim,
Ainda bem que há dias assim...

Apesar de ser apenas mais um dia normal,
E não ter acontecido nada de especial,
Hoje sinto a boa vaga e nada me corre mal!
Ainda bem que há dias assim...

A noite caíu,
Vou-me embora já são sete,
Vou passar no Colombo
Para ver se compro uma sweat.
40€ - promoção, compro o que era quase cem!
Experimento, a empregada diz que fica muito bem.
Obrigado, para além de bonita és simpática,
Gostei da tua táctica,
Vejo que já tens prática.
Vou ao videoclube
Alugar um filme de rir,
Sabes de alguma comédia
Que me possas sugerir?
Levo comida chinesa para o jantar,
Gelado para acompanhar,
Agora só quero chegar!
Saio do carro,
Uma agradável visão,
Estendo a mão,
Apanho uma nota de 10
Que estava no chão,
Acontece...
Depois do jantar,
Da louça lavada,
Pus o vídeo no play
E foi rir á gargalhada!!!
Só fomos dormir
Quando o filme chegou ao fim,
Devia haver mais dias assim...


Ângelo Firmino

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

Palavra Escondida

Queria dizer-te uma coisa que nunca te disse. Mas nunca vem a propósito. Por vezes creio que já te disse sem querer, por outras palavras, actos ou olhares. Tu não ouviste ou não quiseste ouvir ou ver, ou não achaste necessário prestar atenção, esforçares-te a responder. Quando for preciso vai ser tarde de mais. É uma coisa para te dizer depois, quando já não estiveres aqui ao meu lado para me ouvires. Uma coisa do tipo: quando me quiseres eu já não vou estar aqui para te querer...


JCoelhinha

terça-feira, 7 de fevereiro de 2006

Ela...

Ela considera-se normal.

Tem um vida profissional a que chamam estável o que assegura a sua independência financeira, fruto do seu esforço e força de vontade que a faz querer trepar sempre cada vez mais.

Gosta do que faz; gosta da família, dos amigos (que protege acima de todas as coisas); gosta de noites, álcool, música e por vezes fuma coisas estranhas. Gosta de dançar, gosta do corpo como pedaço de tentação e usa o dela para se sentir segura.

Disfarça a sua insegurança com um olhar longínquo, um nariz empinado mas alguns complexos e a mania de que estão sempre a desprezá-la fazem dela uma criatura um pouco dura nalgumas situações.

Vale-lhe a serenidade que possui para ultrapassar esse turbilhão de sentimentos contraditórios. Quer ser amada tal como é, detesta encenações. Diz que não se importa com o que os outros pensam dela e não se importa mesmo mas gosta de se sentir desejada. Não se dá muito com mulheres tendo um maior número de amigos do sexo masculino.

Precisa de sexo o que não a incomoda porque o faz com o prazer de quem sabe o que quer e como quer.

Há pouco tempo cometeu um erro…apaixonou-se por um menino de bem com quem “se encontrava” de vez em quando. Ela sabia que não devia, não podia mas apaixonou-se. Agora “o menino” não dá sinais de vida e ela também já desistiu de lhe ligar porque sabe que não vale a pena lutar por quem não rema para o mesmo lado. Ela está “perdidamente” apaixonada por ele mas sabe que o melhor é mesmo voltar à sua vida de menina que sabe o que quer e voltar a desacreditar no amor até o amor acreditar nela.

Ela vai voltar à sua vida de sempre: entre aulas, faculdade, amigos, noites, álcool, amizades coloridas…ela considera-se normal…e no fundo até é…



JCoelhinha


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2006

Representa O Teu Mundo

Isto é um novo início,
um novo sacrifício,
o que falas eu disse-o
mas não faz mal...é sinal
que o meu discurso tu aprovas
mas devias vir com cenas novas.
Porque não há nada melhor
do que ser original,
não há nada melhor
que não ter um estilo igual...ao próximo
que te influencia
sem saberes, sem quereres.
Decifra lá os meus poderes,
represento o que quero,
não preciso de uniformes,
quando rimo não dormes.
As dicas são enormes
então gala,
sabes que eu não curto dar pala
mas sou um MC até andar de bengala.
Faço a troca,
eu sou aquele que te toca.
Não percebes?
Então pega na lente e foca.
Desloca,
não podes ficar com o território
senão o assunto fica sério
como um velório.
O meu reportório não é
como um qualquer,
não preciso de acessórios
para vencer e podes crer
que eu levo esta merda a sério,
a tua ignorância é que faz
disto um mistério.

Fala e movimenta,
não fiques parado.
Não consegues tenta,
o tempo é limitado.
Entra na tua mente,
cava lá no fundo
mas nunca te esqueças:
Representa o teu mundo!

Depois de tudo o que passei
continuo rijo,
o cubículo é o place
mas a rua o esconderijo.
Eu exigo que o meu ego esteja fixado
numa cena apenas,
e não em duas cenas
porque a concentração
é sempre a cena fundamental,
tentar vencer e ultrapassar
a batalha vital.
O cruzamento dos destinos
é bem divinal,
mete-te a pensar
se o caminho é opcional...
É fodido,
não faz sentido o nosso redor,
sinto o suor daquele que quer ser o maior.
Que é na janela dos lamentos
que a life se organiza,
lava as memórias
quando o cérebro precisa
e ele não diz a altura em que ataca
na tua mente fraca que te paralisa!
Isto não é um exa...gero,
neurónios no desespero
e eu não vou fazer,
eu vou ser um.
Quando aparecer um novo movimento
este continua lento, não se mexe,
em vez de subir desce,
eterna criança que não cresce,
não penses no cash
que ainda é cedo.
Se isto é um movie
eu quero outro enredo:
não quero um final feliz,
quero um final calmo e decente.
Não quero um final onde haja o perigo eminente
mas como não podemos decidir o nosso fim:
duelo imprevisível - a vida é assim.



«É mesmo assim!
Representa o teu mundo! Não é o do Estados Unidos boy, porque aqui é a Tuga e a Tuga é que tens que representar, GQ dá-lhe lá a dica.

É mesmo assim, o Sam The Kid tem razão, temos é que representar a Tuga e mais nada! Não queremos aqui a ilusão dos Estados Unidos, nem 2Pac's, nem Biggies, nem nada dessas merdas que andam aí...não queremos West Side...queremos é representar a Tuga, o Hip-Hop e mais nada. Queremos é que o Hip-Hop evolua em Portugal e não queremos é que as brigas evoluam em Portugal, queremos é MC, MC's aqui, MC's - GQ and Sam The Kid!»




Sam The Kid
Entre(tanto)