quinta-feira, 23 de fevereiro de 2006

Para a Nóia

Outra vez a paranóia, não consigo afastar o stress,
Sempre a pensar que o mal não adormece.
"Tenta manter a calma, não te deixes vencer
Não permitas que a raiva se apodere do teu ser."
Mas eu não consigo evitar em pensar nisto todo o dia,
Toda a noite me atrofia, a cabeça não está fria.
De tanto matutar dói como se fosse estalar,
Só quero um pouco de paz para poder recuperar.
As ideias continuam a desfilar à minha frente,
Sequências saídas de uma mente doente,
Parece que está tudo a andar à volta
Na volta, daqui a bocado vou arranjar uma escolta
Para me acompanhar numa viagem ao outro lado.
A pouco e pouco a nóia deixa-me aprisionado,
Não tenho hipótese alguma de sucesso, estou possesso,
E daqui para a frente já não há regresso…

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

Suores frios passeiam – corpo abaixo, corpo acima.
Ferida aberta em carne viva que o álcool reanima,
Permanentemente a queimar não deixa de me lembrar
Que esta dor está aqui e veio para ficar.
Tento a todo o custo manter a sensatez,
Digo a mim mesmo para não perder a lucidez
Mas da luz ao fim do túnel já nada resta
E como nos filmes de sexta-feira à noite no canal Fiesta
Sinto que já não sobra nenhum buraco aberto
Onde eu me possa enfiar perto do deserto.
Posso fugir mas não me posso esconder,
Posso até rezar mas não há nada a fazer,
Mais cedo ou mais tarde ela apanha o passo,
Quase que já posso sentir a cabra apertar o laço

Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...
Paranóia, paranóia, paranóia, paranóia...

O que era o produto de uma mente destorcida
Passou para outro nível logo de seguida:
A alucinação deu lugar a uma constante realidade
Com requintes dignos de um livro do Marquês de Sade.
Experiêncio uma metamorfose no corpo inteiro,
Começa pela pele que lavo no chuveiro
Mas isto vai avançando para um estado cada vez mais precário,
O meu corpo já se tornou numa espécie de monstruário
…escoriação, hematoma ou apenas mais uma chaga,
Sucedem-se rapidamente como rimas do Vírgul a dar no ragga.
Olho-me ao espelho e já nada consigo distinguir,
Parece que fui atropelado por um TIR!
Não aceito mais ácidos marados do Quaresma,
A minha vida nunca mais voltará a ser a mesma…


Carlos Nobre
3º Capítulo

5 comentários:

Anónimo disse...

"Parece que está tudo a andar à volta"
lolol
Deixa as drogas, lol, ou então não......
ihihihi
A foto e um tanto ao quanto...Chocante...a de ontem era melhor
jocas

Anónimo disse...

Quem eh a noia ? para a noia ... para a noia ... (ok, se calhar isto foi um bocado estupido sim...mas a musica eh fixe :) )

Anónimo disse...

Sabes bem o quanto gosto desta catilenazita :P. É das minhas perferidas!


BGEB, Xaitii*

K®is†Ø ™ disse...

Melhor ou não era igualmente chocante! LoOOoL


Fikem Bien, haZZZta, Krist0

Anónimo disse...

Era bem melhor.........
E esta dito...
ihihihih
;)